Auto-Estima
AUTO-ESTIMA -ESTIMADO PARA SE ESTIMAR-
por Fabian Stamate, Tânia Rangel
psicopedagogos
Cabe ao psicopedagogo e a outros técnicos de ajuda reflectir sobre o ser humano e o seu modo de funcionamento com o outro. Criança, adolescente ou adulto, qualquer um deles, por mais diferente que seja quanto à sua organização psicológica, é sempre um ser humano que vive em sociedade, com o seu grupo de pares, isto é, no seu micro-sistema e que interage com diversas entidades físicas e psicológicas, cujo consequente sucesso dependerá de vários factores intrínsecos e extrínsecos.
Assim, é nesta perspectiva que abordamos a auto-estima, como uma das características do ser humano de extrema importância para as relações humanas.
- Mas afinal o que é a auto-estima?
Tão falada e comentada nos dias de hoje, mas sabemos defini-la correctamente?
Nos nossos dias a palavra auto-estima é utilizada por diversos tipos de profissionais, quer sejam ou não da área das Ciências Humanas. Se pensarmos o porquê desta saudável vulgarização, talvez cheguemos à conclusão, que cada vez mais se está a dar uma maior importância ao bem-estar das pessoas.
É, portanto, neste sentido que pensamos ser importante abordar a questão da auto-estima, do ponto de vista técnico e científico, para que se reconheça legitimidade, nas conversas formais e informais que se têm hoje em dia.
Antes de mais, na nossa opinião, auto-estima é acima de tudo uma atitude, uma atitude para consigo próprio que vai sendo adquirida ao longo do crescimento e do desenvolvimento da criança. Para muitos autores, a auto-estima constitui o núcleo básico da personalidade, para outros, é a forma habitual, mais ou menos estável de pensar, sentir, amar, comportar-se e reagir consigo próprio, sendo obviamente uma estrutura dinâmica e passível de ser modificada.
Deste modo, a forma como lidamos connosco pode influenciar - e influencia concerteza - a forma como lidamos com os outros, quer na vida profissional, familiar e escolar:
- a auto-estima poderá ajudar a ultrapassar dificuldades pessoais, fomentando a auto-responsabilidade - se o indíviduo acreditar que tem em si recursos disponíveis para responder às necessidades que lhe vão surgindo, ele irá esforçar-se para cumprir determinada tarefa;
- permite uma relação social saudável e positiva - pois se o indivíduo tem uma boa relação consigo próprio, será mais fácil de transpor para os outros que o rodeiam; desenvolve a criatividade - pois para se trabalhar a criatividade, será necessário que o indivíduo se sinta confiante e que acredite que é capaz de desenvolver e de criar algo;
- por último, falamos da aprendizagem, tema que por, responsabilidades profissionais nos é mais querido e sensível. É, pois um dado adquirido, para os especialistas que, a auto-estima de uma criança afecta, influencia e condiciona a aprendizagem. Se não, pensemos que, para adquirirmos qualquer ideia nova temos que estar "disponíveis" para essa aquisição, isto é, se não acreditarmos que temos capacidade para compreendê-la, para reter uma matéria ou perceber uma fórmula, não chegaremos a ter motivação suficiente para investir nessa nova tarefa. Os comentários destrutivos dos pais, professores e colegas são muitas vezes formas de acentuar o autodesespero e a intolerância à frustração.
Todos nós somos testemunhas da impotência que uma criança ou uma adolescente sente quando tem uma baixa auto-estima. Aqui, todas as experiências negativas vão reforçar esta característica e fazer com que o tão desejado sucesso escolar, fique cada vez mais distante e difícil.
Então, se tudo isto não é inato, mas sim adquirido e dinâmico, então estimemos o outro para que ele se estime.
Consultoria psicopedagógica: distúrbios de aprendizagem, dislexia, sexualidade infantil. Acompanhamento psicopedagógico e pedagógico. Ministro palestras em escolas (tema a escolha do contratante), consultas psicopedagógica, hiperatividade, fobia escolar ... Contato: carmemfidalgo@gmail.com
quinta-feira, 13 de maio de 2010
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