terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Psicopedagogia e Gestão

Gestão e Psicopedagogia
A PSICOPEDAGOGIA E A GESTÃO

Marcos Veloso de Albuquerque


Este artigo tem como objetivo promover um importante esclarecimento sobre o papel do psicopedagogo e na gestão das instituições educacionais. Palavras-chave: Multidisciplinaridade, conhecimento estratégico, gestão, planejamento, mudança.


Para um bom desempenho do psicopedagogo é necessário conhecimentos referentes a diversas áreas como a Pedagogia, a Psicologia genética e Social, a Neuropsicologia, a Psicanálise, a Linguística, entre outras, sendo estas as principais, integradas a outras funções como a Medicina, portanto uma especialização mutidisciplinar e interdisciplinar, encarregada de provocar indagações, reflexões e mudanças no ato das realidades interna e externa da aprendizagem, procurando estudar a construção do conhecimento em sua complexidade cognitiva, afetiva e social a que está sujeito os fenômenos das dificuldades de aprendizagem, relativo a processos (habilidades e atitudes) individuais e coletivos, modelos avaliativos e estágios, numa ação afirmativa a resgatar o saber-fazer e o saber-ser da instituição escola (ou outras instituições), seu corpo docente e administrativo, e do aluno, valorizando a heterogeneidade e interesses comuns a esta ação, que deve ser preventiva, senão remediadora, deixando de lado a idéia antiga do jargão “especialista em generalidades”, a qual gera-se incompreensões e desencontros, ruim para ambos os lados de uma gestão participativa, onde a psicopedagogia tem seu lugar comum.



Do ponto de vista do conhecimento estratégico, a concepção sistêmica de nossa realidade, contém um grau de complexidade que não é possível considerarmos referência fixa de um fenômeno real, como diria Morin (2007), “é preciso também compreender a unidade e a diversidade (...) aqueles que enxergam somente a unidade humana não vêm a diversidade e virse-versa. (...) é preciso reunir unidade e diversidade”. Precisamos de modelos abstratos e específicos estruturados a partir de conceitos como “gestão”, voltados para o grau de relações interpessoais de aprendizagem, chamados de learning organizations, onde a necessidade de aprender e suas implicações caminham a demonstrar a interferência na produtividade e na competência chamadas de learning set (processo de aprendizagem). Esse processo gestor deve obedecer o critério do empowerment ou simplesmente “descentralizar”, que segundo Costa (1997), tem como objetivo principal trazer o espaço da escola à reflexão sobre o ensino e a busca de alternativas para superar o fracasso escolar, para que possamos colaborar na sua descoberta e reconstrução desta sonhada “escola” por seus educadores e não por nós mesmos psicopedagogos.

Assim, segundo Maranhão (2008), o desenvolvimento de uma concepção crítica da educação compromentida com a realidade social e com sua transformação, não prescinde do planejamento. Planejar (do latim proficere – lançar, arremessar), envolve em sua base, compreender a realidade em todos os seus desdobramentos, tanto de tempo, quanto de espaço.

GESTÃO DO DESEMPENHO
A oportunidade de crescimento e de mudança de atitude e postura que pessoas e instituições devam ter diante da nova realidade, manifesto aqui a necessidade de interagir e indicar algumas idéias que favorecerão a todos nós como pessoas e profissionais, acreditando necessariamente que a grande revolução está na mudança do espírito humano e suas relações. São elas:



"Os modelos tradicionais para gestão das organizações não suportam as reivindicações contemporâneas. As mudanças superficiais e imediatas não são suficientes, não adianta mudar pessoas – demissões e admissões – substituir as máquinas e os equipamentos velhos por novos ou alterar a fachada, o layout, da empresa. A verdadeira mudança vem do abandono e do desaprendizado de tudo que foi aprendido até então, para que a dimensão criativa, afetiva e evolutiva possa se manifestar plenamente nas pessoas e nos grupos." (Waldemar Magaldi Filho - Gestão Organizacional nas Abordagens Junguiana e Integral)



Dicas para um bom desempenho:



1) Tome consciência de que há um tesouro em sua cabeça. Estimule-o!;

2) Todo dia, escreva pelo menos uma idéia sobre como fazer seu trabalho melhor, como ajudar outras pessoas, a empresa em que trabalha e como poderia ser mais feliz;

3) Faça anotações. Nunca saia sem papel e lápis. Nunca confie na memória;

4) Armazene idéias, para sua casa, para aumentar a eficiência e os relacionamentos;

5) Observe tudo cuidadosamente e absorva o que puder;

6) Desenvolva forte curiosidade sobre as pessoas, coisas e lugares;

7) Aprenda a escutar e a ouvir. Perceba o que não foi dito ou mostrado;

8) Descubra novas fontes com novas amizades e novas tecnologias;

9) Compreenda primeiro, julgue depois;

10) Seja sempre otimista e positivo, veja sempre o lado bom das coisas, sem ironias ou trapacear;

11) Escolha um lugar ou hora para pensar por alguns minutos;

12) Ataque os problemas de forma ordenada. Descubra primeiro qual é o real problema, senão jamais saberá sua solução;

13) Tamanho importa, sim! Cada grupo de trabalho tem sua autonomia e torna-se mais ágil nas decisões;

14) Exija falhas e não aceite o prejuízo. É o custo da inovação. Melhor que a estagnação;

15) Melhor formação não quer dizer que seja o melhor profissional;

16) Seja proativo e empreendedor, tome decisões, sim, mas cuidado com o imediatismo!;

17) Conhecimento é volátil e mutante. Aprenda a ser e esteja preparado para "aprender a aprender";

18) Mais importante do que saber o que fazer, é saber o que não fazer;

19) Seja comprometido com o que esteja fazendo (ou não), porém planeje sempre;

20) Seja persistente e aprenda com os próprios erros. Seja humilde e verá que a diferença está na diversidade.



Assim, somos humanos. Falhas existem e sempre existirão. No entanto, não podemos é nos acomodar. Como disse o 14° Dalai Lama, "vamos ter compaixão, paciência e tolerância".

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