quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A importância da afetividade

A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE Wanéssia Bezerra da Silva e Jéssica da Silva Fidelis Sumário A importância da afetividade no desenvolvimento da personalidade Relação entre afetividade e personalidade Resumo: A afetividade faz parte de todo relacionamento humano, é a primeira forma de envolvimento que temos com o mundo. Manifestam-se por meio de humor, emoções, sentimentos, afetos e paixões, acompanhadas sempre por estados de mal-estar ou bem-estar. Esta exerce influência no modo como o ser humano se relaciona consigo mesmo e com o mundo. A ausência de afetividade pode deixar marcas irreparáveis podendo até mesmo ser causa de distúrbios psíquicos sérios em alguns. Destacando o valor tanto da família como da escola para a formação da pessoa. Ressalta-se a importância de proporcionar ao individuo um ambiente de afeto, amor, carinho, aconchego, respeito, ternura e cuidado imprescindíveis ao desenvolvimento psicológico saudável do ser humano. Palavras- chave: Afetividade, família, escola e personalidade. Introdução A vida afetiva é a dimensão psíquica que dá cor, brilho e calor a todas as vivências humanas. Sem afetividade a vida mental torna-se vazia, sem sentido, sem sabor. Assim a Afetividade é um termo genérico, que compreende várias modalidades de vivências afetivas, como humor ou estado se ânimo, as emoções, sentimentos, afetos e paixões e no sentido abrangente, está sempre relacionada aos estados de bem-estar e mal-estar do indivíduo (Dalgalarrondo, 2008). O humor ou estado de ânimo é caracterizado como o tônus afetivo do individuo o estado emocional basal e difuso em que se encontra a pessoa em determinado momento. As emoções seriam um estado afetivo intenso, de curta duração. Os sentimentos são estados e configurações afetivas estáveis, estão associados a conteúdos intelectuais, valores. Os afetos como a qualidade e o tônus emocional que acompanha uma ideia. E as paixões sendo um estado afetivo extremamente intenso, que domina a atividade psíquica como um todo (Dalgalarrondo, 2008). A vivência afetiva acontece no contexto de relações do eu com o mundo e com as pessoas, modificando de um momento para outro na medida em que os eventos e as circunstâncias da vida se sobrevêm. A afetividade caracteriza-se por sua dimensão de reatividade. Desse modo, há duas importantes dimensões da resposta ou reação afetiva de um indivíduo. Designa-se sintonização a capacidade de um indivíduo ser influenciado afetivamente por estímulos externos, logo o sujeito entristece-se com ocorrências dolorosas, alegra-se com eventos positivos, ri com uma boa piada, enfim, sintoniza com o ambiente (Dalgalarrondo, 2008). Ainda segundo o autor a irradiação afetiva, seria a capacidade que o indivíduo tem de transmitir, irradiar ou contaminar o outro com seu estado afetivo momentâneo; o sujeito faz com que os outros sintonizem com ele. Enquanto na rigidez afetiva o indivíduo não produz reações afetivas nos outros nem reage afetivamente perante a situação existencial cambiante. Almeida (2008) cita que Wallon, em sua teoria, ressalta que o desenvolvimento da afetividade é resultado da interação entre o orgânico e o social. Quando os motivos que provocam os estados de bem-estar e mal-estar estão primordialmente ligados às sensibilidades interoceptivas, proprioceptivas e exteroceptivas temos uma etapa em que a afetividade é de base orgânica – a chamada afetividade orgânica. Quando os motivos que provocam os estados de bem-estar e mal-estar já não são limitados às sensibilidades intero, próprio e extero, mas já envolvem a chamada sensibilidade ao outro, a afetividade passa para outro patamar, já que de base fortemente social – a chamada afetividade moral. Assim, a afetividade evolui para uma ordem moral e seus motivos são originados das relações indivíduo-outrem, sejam relações pessoais ou sociais. De acordo com Bastos (1997), a personalidade caracteriza-se um conjunto integrado de traços psíquicos, consistindo no total das características individuais, em relação com o meio incluindo todos os fatores físicos, biológicos, psíquicos e socioculturais de sua formação, conjugando tendências inatas e experiências adquiridas no curso de sua existência. Deste modo para ocorrer um desenvolvimento saudável e equilibrado da personalidade é imprescindível o individuo vivenciar experiências positivas de afeto ao longo da vida. Neste sentido, as manifestações de afeto, são determinantes para o desenvolvimento da personalidade e apresentará importante influência nas relações sociais ao longo da vida, desse modo, decisiva na formação da estrutura emocional do indivíduo. Compreendendo que a afetividade faz parte de todo o desenvolvimento estrutural e psicológico do ser humano, e que sem ela, este não se desenvolve plenamente. Todavia para que essa adequação ocorra é preciso que existam referências positivas, cuidadores encarregados de estabelecer os limites necessários ao desenvolvimento de uma personalidade emocionalmente equilibrada (Bairros, et al., 2011). Para Capelatto (2005), as referências são pessoas, palavras, gestos que vão proporcionar a formação da personalidade. Indivíduos que estabelecem vínculos harmoniosos nos seus momentos de frustração, por meio dos quais recebem amor e compreensão, desenvolverão uma personalidade sadia, conseguindo suportar frustrações até o momento adequado para realizar seus desejos. A família e a afetividade A família é a base fundamental na formação da personalidade do individuo, exerce um papel importante na maneira com a qual o indivíduo se constitui como tal. Esta, pois por ser responsável pelo processo de socialização primária das crianças e adolescentes é importante na organização da personalidade. Além de por meio de suas atitudes e medidas educativas tomadas no âmbito familiar influenciar significativamente o comportamento individual. Para tanto se devem estabelecer formas e limites para que este indivíduo possa adaptar-se as exigências do conviver em sociedade (Schenker & Minayo, 2003). Sendo assim a família tem a função biológica primordial de conceber a sobrevivência da espécie humana, fornecendo os cuidados necessários para que o bebê possa desenvolver-se da forma adequada. Segundo Osório, (1996) relacionado às funções psicológicas existem três grupos centrais; 1) Proporcionar afeto ao recém-nascido, sendo este importante para a sobrevivência emocional do ser 2) Dar suporte e continência para as ansiedades que irão existir no decorrer do seu desenvolvimento, ajudando a superar as “ crises vitais” que possivelmente o indivíduo irá passar em seu ciclo vital 3) Fornecer um ambiente que possibilite a aprendizagem empírica que sustenta o processo de desenvolvimento cognitivo dos seres humanos. É um lugar privilegiado de afeto, pois é onde se insere os relacionamentos íntimos, expressão de emoções e sentimentos. Em seu interior centram-se os primeiros relacionamentos interpessoais com pessoas importantes, havendo assim trocas emocionais que servem de suporte afetivo quando o ser atinge a idade adulta. Tais trocas emocionais são de grande importância para o crescimento do indivíduo e para aquisição de condições físicas e mentais centrais para cada etapa do desenvolvimento psicológico dos mesmos, transmitindo assim a cultura preparando cada ser para exercerem a cidadania que constroem e solidificam a personalidade de cada ser humano (Osório, 1996). A maneira com que os pais e filhos interagem, expectativas e sentimentos dos pais em relação aos filhos, exerce um papel importante no tipo de personalidade futura dos filhos e no exercício escolar dos mesmos. Sendo assim as experiências vivenciadas pelo jovem tanto no contexto familiar quanto em outros contextos, contribuem de forma direta para sua formação enquanto adulto, sendo que, no âmbito familiar o indivíduo vai passar por uma série de experiências genuínas em termos de afeto, dor, medo, raiva e várias outras emoções que ira permitir um aprendizado essencial para sua atuação futura (Tallón, Ferro, Gómez & Parra, 1999). Assim cabem à família, proporcionar um clima de afeto e apoio, cultivando o amor, carinho, compreensão, harmonia, aconchego segurança e respeito, indispensáveis ao desenvolvimento psicológico saudável dos filhos (Tavares & Angeluci, 2009). Vários estudos e pesquisas têm apontado que jovens problemas são fruto de famílias que, independentemente do nível socioeconômico, não lhes ofereceram afetividade suficiente. A violência na infância e na adolescência, por exemplo, existe tanto nas camadas menos favorecidas como nas classes média e alta. Mas o que faz a diferença é a capacidade de a família constituir vínculos afetivos, unindo-se no amor e nas frustrações (Capelatto, 2005). A ausência de afeto por parte dos pais pode gerar consequências morais e emocionais muito graves aos filhos, muitas vezes irreparáveis. São as marcas do abandono afetivo que ficam gravadas na pessoa, podendo até mesmo ser causa de distúrbios psíquicos sérios em alguns (Tavares & Angeluci, 2009). De acordo com Castro (2008), a carência de afeto por parte dos pais é um grande mal, que causa verdadeira angústia e aflição desestruturando os filhos tornando-os pessoas inseguras e frustradas. Desse modo, as atitudes de afetos dos pais, é a mola mentora, a segurança e a base para uma adolescência e vida adulta feliz. A falta de afeto por parte dos pais, assim como a ausência de uma estrutura familiar adequada durante os primeiros anos de vida servirão, para que o adolescente, assim como o adulto, desenvolva mal seu aparelho psíquico e não amadureçam emocionalmente (Bairros, et al., 2011). É importante ressaltar que em verdade, a afetividade é influenciada por outros aspectos que independem da vontade da família. Outro aspecto é evitar despertar nas crianças determinados sentimentos negativos, como hostilidade, desprezo, ciúme e inveja que em nada contribuem para o convívio em sociedade (Almeida 2008). A família sendo a célula base da sociedade e essencial à formação da pessoa há que se preocupar em preservar e fortalecer esse instituto para que nos seios familiares sejam formadas pessoas capazes, equilibradas, felizes e com valores sólidos ( Tavares & Angeluci, 2009). A afetividade na escola A afetividade consiste na expressão do amor, carinho e sentimentos que reflete nas relações das pessoas, sendo fundamental como fator importante no relacionamento professor e aluno (Malagutti & Cavalari, 2010). Para Goleman (1995), o afeto traz ao indivíduo uma melhoria no reconhecimento e designação das próprias emoções; maior capacidade de entender as causas dos sentimentos; diferenciação de sentimentos e atos; melhor tolerância à frustração e controle da raiva; menos ofensas verbais, brigas e perturbação na sala de aula; menos suspensões e expulsões; menos comportamento agressivo ou autodestrutivo; mais sentimentos e pensamentos positivos sobre si mesmo, a escola e a família; melhor no lidar com as frustrações; menos solidão e ansiedade social; maior comunicabilidade; maior capacidade de se concentrar na tarefa imediata e prestar atenção; menor impulsividade, mais autocontrole; melhores notas nas provas; maior capacidade de adotar a perspectiva do outro; melhor empatia e sensibilidade em relação aos sentimentos dos outros; melhor no ouvir os outros; maior capacidade de analisar e compreender relacionamentos; melhor na solução de conflitos e negociação de desacordos; maior partilhamento, cooperação e prestatividade; maior sucesso pessoal e profissional. No processo de aprendizagem o afeto muda tanto o quadro da criança como também da própria escola. A criança se torna capaz de reagir as suas perturbações, conseguem ouvir e se concentrar, sente-se responsável por seu trabalho e ou sua tarefa, se liga na aprendizagem e desenvolve melhor o seu papel na vida tornado-se assim o melhor amiga, o melhor aluno e até mesmo o melhor filho. Assim afeto pode fazer a diferença, sobretudo em crianças que convivem dentro de suas famílias com problemas socioeconômicos, desestruturação familiar na qual a atitude dos pais a respeito do desenvolvimento escolar de seus filhos pode provocar sentimentos que afetam o processo de aprendizagem dos mesmos (Malagutti & Cavalari, 2010). De acordo com Capellato (2005), constitui tarefa e desafio da escola assumir efetivamente, em parceria com os pais (família em geral), o papel de proporcionar aos alunos oportunidades de se desenvolver como seres humanos. Mas para isso, seu trabalho pedagógico e educacional é cuidar da sua formação, fazendo-os cumprir regras, impondo-lhes limites, e acima de tudo acreditando que os jovens têm capacidade de suportar frustrações. Compreende-se que é difícil e complicada essa tarefa. Assim os momentos de afetividade vividos na escola são fundamentais para a formação de personalidades saudáveis e capazes de aprender. Ressalta-se que dentro do processo de aprendizagem é importante que haja motivação do aluno tanto por parte do educador como por parte da família. Entrando ai o afeto criado entre ambos. E, para uma aprendizagem eficaz é imprescindível que a criança estabeleça explicitamente quando possível, os objetivos que pretende atingir; que ela faça uma avaliação continua de sua realização (Malagutti & Cavalari, 2010). A motivação consiste como fator ou como processo que se responde por determinados efeitos, dos quais se podem identificar os dois níveis distintos de efeitos imediatos e efeitos finais. No contexto escolar o efeito imediato da motivação do aluno consiste em ele se envolver ativamente nas tarefas conexas ao processo de aprendizagem, tal envolvimento incide na aplicação de esforço no processo de aprender e com a persistência exigida por cada tarefa. Uma motivação positiva condiz em qualidade do envolvimento, onde o investimento pessoal deve ser da mais alta qualidade possível (Malagutti & Cavalari, 2010). Desse modo, a escola é uma instituição afetiva que contribui na constituição dos valores e princípios que significativamente são fundamentais na formação da personalidade dos indivíduos, devido à escola deve ter essa consciência do seu papel. Sem essa consciência, criaremos sujeitos que aprenderam, mas não sabem usar o que aprenderam porque estão afetivamente empobrecidos. O individuo só vai gostar da escola quando houver afetividade, quando sentir que cuidam dele (Capellato, 2005). Alterações da Afetividade A afetividade é quem determina a atitude geral da pessoa diante de qualquer experiência vivencial, promove os impulsos motivadores e inibidores, percebe os fatos de maneira agradável ou sofrível, confere uma disposição indiferente ou entusiasmada e determina sentimentos que oscilam entre dois polos e transitam por infinitos tons entre esses dois polos, a depressão e a euforia ( Dalgalarrondo, 2008). Segundo Guimarães (1993) o ser humano apresenta flutuações de afeto em resposta a eventos de sua vida cotidiana. Em alguns indivíduos, entretanto estas respostas ostentam um caráter inadequado em termos de serenidade, persistência ou circunstâncias desencadeadoras, caracterizando, assim a ocorrência de um distúrbio afetivo. As psicopatologias ocorrem da seguinte forma: Apatia ou indiferença afetiva- é a diminuição da excitabilidade emotiva e afetiva. Sentimento de falta de sentimento – É a vivência de incapacidade para sentir emoções, experimentada de forma muito penosa pelo paciente. O sentir o “não sentir” é vivenciado com muito sofrimento, como uma tortura. Pânico – É uma reação de medo intenso, de pavor relacionado geralmente ao perigo imaginário de morte iminente, descontrole ou desintegração. As crises caracterizam-se pelo início abrupto de uma sensação de grande perigo e desejo de fugir ou escapar da situação, é acompanhado por sintomas somáticos autonômicos, decorrentes da ansiedade intensa, como palpitações, sudorese fria, tremores. Fobias- São medos determinados psicologicamente, desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo real oferecidas pelos desencadeantes. Puerilidade- é uma pessoa que tem regressão da personalidade adulta ao nível do comportamento infantil. A pessoa adota inconscientemente as atitudes, a linguagem e o estado de animo de uma criança. O puerilismo se manifesta, através de atos comuns da vida cotidiana, por reações de impaciência e de obstinações fúteis por seus motivos, ingênuas em sua expressão e desproporcionais por sua intensidade, pelo emprego de locuções e formular infantis em sua linguagem, pobreza de mímica etc. Angústia – Relaciona-se diretamente á sensação de aperto no peito e na garganta, de compressão ou sufocamento. Medo- Caracterizado por referi-se a um objeto mais ou menos preciso. Ambivalência afetiva- a pessoa experimenta sentimentos opostos pelo mesmo objeto, fala do amor e temor ou ódio que uma pessoa pode ter em relação a outra, dos acontecimentos que se temem e são desejados. Anedonia- É a incapacidade total ou parcial de obter e sentir prazer com determinadas atividades e experiências de vida. Neotimia-(vivencia psicótica), são sentimentos e experiências afetivas novas vivenciadas como aspectos bizarros, estranho pela própria pessoa que o experimenta. É uma situação muito impactante. A pessoa relata que esta sentindo uma coisa estranha, diferente que não consegue reconhecer. Desconhece os sentimentos. Sempre é um acontecimento novo, tudo é novo, algo que incomoda, mas não reconhece. Hipomodulação do afeto- incapacidade do paciente de modular a resposta afetiva de acordo com a situação existencial. Inadequação do afeto ou paratimia- reação completamente incongruente a situações existenciais ou a determinados conteúdos ideativos. Embotamento afetivo- perda profunda de todo tipo de vivencia afetiva. Labilidade afetiva e incontinência afetiva- são os estados nos quais ocorrem mudanças súbitas e imotivadas de humor, sentimentos ou emoções. O individuo oscila de forma abrupta, rápida e inesperada de um estado afetivo para outro. Na incontinência afetiva, o indivíduo não consegue conter de forma alguma as suas reações afetivas. São consideradas formas de hiperestesia emocional, indicando exagero e inadequação da reatividade afetiva. Distimia - designa a alteração básica do humor, tanto no sentido da inibição quanto no da exaltação. Distimia hipotímica ou melancólica ou depressão corresponde a toda síndrome depressiva Distimia hipertímica, expansiva ou eufórica: humor alterado no sentido de exaltação e da alegria.Humor triste e ideação suicida: relacionado com o humor depressivo ocorrem às ideias relacionadas à morte, ideias suicidas, planos suicidas, atos e tentativas de suicídio. Disforia: diz respeito a uma tonalidade afetiva desagradável, mal-humorada. Euforia ou alegria patológica: é um humor morbidamente exagerado, no qual predomina um estado de alegria intensa e desproporcional as circunstâncias. Estado de êxtase: há uma experiência de beatitude, uma sensação de dissolução do eu no todo, de compartilhamento íntimo do estado afetivo interior com o mundo exterior, muitas vezes com colorido hipertímico e expansivo. Irritabilidade patológica: há uma hiper-reatividade desagradável, hostil e, agressiva a estímulos do meio exterior. Qualquer estímulo é sentido como perturbador e os indivíduos reagem prontamente de forma disfórica. Pobreza de sentimentos e distanciamento afetivo: é a perda progressiva e patológica das vivências afetivas. Há um empobrecimento relativo à possibilidade de vivenciar alternâncias e variações sutis na esfera afetiva. Ansiedade: estado de humor desconfortável, uma apreensão menos em relação ao futuro, uma inquietação interna desagradável. Inclui manifestações somáticas, fisiológicas e psíquicas. Elação: há uma expansão do eu, uma sensação subjetiva de grandeza e de poder. O eu vai além do seus limites, “ganhando” o mundo. Conclusão A afetividade é essencial na formação psíquica do ser humano, sem ela não há brilhantismo na vida. Confere o modo de relação do indivíduo à vida e será através da tonalidade desse estado de ânimo que a pessoa perceberá o mundo e a realidade. É a dinâmica mais intensa do ser humano inicia-se desde o momento em o individuo se liga ao outro pelo amor. Direta ou indiretamente a afetividade exerce profunda influência sobre o pensamento e sobre toda a conduta do indivíduo. Assim o afeto é fundamental para a saúde mental do ser humano. Tanto no âmbito familiar quanto no escolar, deve haver uma relação de afeto, pois é isso que ajudará a construir um ser humano psicologicamente saudável. A família assim como a escola são os primeiros espaços onde cada indivíduo se insere troca suas primeiras experiências com o mundo onde se faz a transmissão de valores, costumes e tradições. Assim ambas exercem uma das mais importantes influências no desenvolvimento da personalidade do individuo. A vivência afetiva no ambiente familiar e escolar é fundamental e decisiva no desenvolvimento da estrutura emocional da pessoa, tendo importantes influências na maneira como esse irá se relacionar e lidar com as situações ao longo da vida. Ressalta-se também que um ambiente que não proporcione afeto ao individuo poderá trazer consequências pra toda a vida, na formação do seu caráter e até alterações psíquicas mais graves. Bibliografia Almeida, A.R.S.(2008). A afetividade no desenvolvimento da criança. Contribuições de Henri Wallon. Inter- Ação: Rev. Fac. Educ. UFG, 33 (2): 343-357. Bairros, J., Belz, C.W., Moura, M., Oliveira, S.G., Rodrigues, T.T., Silva, S.C., et al. (2011). Infância e adolescência: a importância da relação afetiva na formação e desenvolvimento emocional. XVI Seminário Interinstitucional de Ensino Pesquisa e Extensão, Unicruz. Bastos, C.L (1997). Manual do exame psíquico. Rio de Janeiro. Revinter Castro, L. ( 2008). O preço do abandono afetivo. Revista IOB de Direito de Família.Porto Alegre, v.9, n.46, p.14-21. Capelatto, I. R.( 2003). Educação com afetividade. Coleção Jovem Voluntário Escola Solidária. Disponível em . Acesso em 06 mar. 2013 Dalgalarrondo, P.( 2008). Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. Porto Alegre. 2 edição.Artmed Goleman, D. ( 1995). Inteligência Emocional. São Paulo: Objetiva Guimarães, F.S. (1993). Distúrbios Afetivos. In: Graeff, F.G ; Brandão, M.L. Neurobiologia das Doenças Mentais. São Paulo: Lemos Editorial & Gráficos Ltda Malagutti, R.A., Cavalari, N. ( 2010). Afetividade: escola, professor e aluno. Caderno Multidisciplinar de Pós- Graduação da UCP Pitanga v . 1 , n . 3 , p . 1 6 4 - 1 7 7 . Osório, L. C. (1996). Família hoje. Porto Alegre: Artes Médicas. Schenker, M. & Minayo, M. C. S. (2003). A implicação da família no uso abusivo de drogas: uma revisão crítica. Ciência & Saúde Coletiva, 8(1), 707-717. Tallón, M. A., Ferro, M. J., Gómez, R. & Parra, P. (1999). Evaluacion del clima familiar en una muestra de adolescentes. Revista de Psicologia Geral y Aplicada, 451-462. Tavares, A.C.V.M., C.A Angeluci. (2009). Considerações sobre o abandono afetivo paterno-filial na atualidade Encontro de iniciação científica - ISSN 21-76-8498, Vol. 5, No 5. Currículo(s) do(s) autor(es) Wanéssia Bezerra da Silva e Jéssica da Silva Fidelis - (clique no nome para enviar um e-mail ao autor) - Wanéssia Bezerra da Silva: Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba. CV: http://lattes.cnpq.br/4564968215438241 Jéssica da Silva Fidelis: Graduanda em Psicologia pela Universidade Federal da Paraíba. CV: http://lattes.cnpq.br/1161865982280478

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